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Quem Samba Vive Mais

Uma voz canta e nos comove. Canta e reinventa um país, as regras e os espaços. Derruba a divisão. O amanhã há de vir e enquanto isso a gente dança. A fina flor exala seu perfume e nos une em catarse corporal. Os enredos não são mais somente dos livros, os anéis passam o bastão e em círculo a magia acontece. O canto, este sim é livre, invencível, destemido. Fala de amor, da saudade, da lua, dos sonhos. Canta sorrisos junto da dor, canta a paz junto da guerra e o viver junto do prazer. Sambamos até de manhã e nos esquecemos de nós mesmos. Nossa existência fica ali, vibrante, a se movimentar junto da percussão sonora. O mar segue trazendo esperança com suas gotas azuis salgadas e nunca sabemos verdadeiramente para onde o barco vai. De que importa isso? Eu estava te esperando, amor. A esperança foi plantada no fundo do meu quintal e agora prospera, verde! Suas folhas são mais altas que os muros. Essa é a vida que queremos, pungente, justa, dinâmica. O que a gente quer falar aqui, afinal, é sobre a liberdade. Você me faz sonhar, amor, até de manhã, me faz ter raízes, de você eu vivo e por você eu canto e me levanto, visto minha camisa listrada e saio para dançar sem hora para voltar.

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