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Capítulo 07: Ócio Poético

Coleção Ócio Poético

Pesquisando e estudando literatura nos deparamos com a palavra Otium (ócio) em latim,
que é o exato oposto da palavra negotium. Na Roma antiga, significava um tempo para se
envolver em atividades que não estavam relacionadas com negócios e a arte era uma
delas.

O ócio era o tempo para fazer, dentre outras coisas, poesia.
Isso nos trouxe a reflexão sobre como o tempo é a coisa mais valiosa que existe. Na sua
irregularidade e impossibilidade de definição, significa o viver estendido, sem bordas. E
dessa constatação há que se pensar sobre quais coisas escolhemos gastar nosso
tempo e na relevância da pausa para sentir.

O tempo serve para amar, para se conhecer, para explorar o mundo, para abraçar, para
errar, para viver e experimentar. Estamos em uma jornada com infinitas possibilidades de
aprendizado. É só isso que podemos tirar da nossa jornada na terra.
É no ócio que despertamos lembranças, que nossa mente viaja e que o tempo sobressai
em experiências valiosas.

A coleção “Ócio Poético” celebra esse tempo de otium que é o tempo poético, o tempo para
viver a vida como se fosse a primeira vez, o tempo para “perder” com as coisas incríveis e
simples que nos lembram como é bom estar vivo.
Como muito bem disse Drummond, “as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão”.

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